O
consumo aparente de transformados plásticos chegou a R$ 59 bilhões em 2012,
representando um crescimento de 8,5% em relação aos R$ 54,4 bilhões somados no
ano anterior. Segundo dados do Econoplast, boletim mensal divulgado pela
Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast), a produção nacional
representa 85% do total.
O
Econoplast janeiro/2013 traz os números consolidados da indústria de
transformados plásticos em 2012. O boletim confirma a queda de 0,43% na
produção, impactado especialmente pelo resultado negativo no segmento de
laminados plásticos (-6,71%). O segmento de embalagem de material plástico
recuperou-se no último trimestre, fechando o ano com alta de 0,43%. Já o de
artefatos plásticos diversos foi o que apresentou melhor resultado no ano, com
crescimento de 1,88%.
No
acumulado do ano, os preços do setor aumentaram 5,75%, ficando abaixo dos
índices de preços ao consumidor - IPCA e INPC.
Pesquisa
realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) identifica que os
empresários do setor de transformados plásticos estão otimistas, porém em menor
grau que os da indústria em geral. “É uma situação atípica, uma vez que na
maior parte da série histórica o setor plástico é mais positivo em relação ao
ambiente de negócios”, aponta o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz
Coelho. “Espera-se um resultado bom em relação à demanda para os próximos
meses, mas sem muita euforia”, declara.
A
produtividade do setor também encerrou o ano em baixa de 4,9% em relação a
janeiro. O indicador apresentou tendência de alta até meados de setembro. Com
isso, houve um aumento na contratação em agosto, mas sem a contrapartida da
elevação da produção nos meses seguintes.
No
acumulado do ano, o setor gerou 3.744 novos empregos formais, agregando um
total de 355 mil trabalhadores, alta de 1% em relação a 2011. Com esse número,
a indústria de transformados plásticos representa 12% de todo o emprego criado
no Brasil em 2012.
Segundo
Roriz, já é possível notar entre os empresários certa desconfiança em relação
às exportações do setor. Há também uma expectativa negativa quanto à criação de
novos postos de trabalho nos próximos meses, reflexo da elevada contratação
entre agosto e outubro.
Balança
comercial – O resultado da balança comercial foi bastante
negativo para o setor, com queda de 20% sobre 2011, acumulando um deficit de
US$ 2,25 bilhões. As exportações tiveram redução de 11%, caindo de US$ 1,5
bilhão para R$ 1,3 bilhão. As importações, por sua vez, tiveram elevação de 6%,
totalizando US$ 3,6 bilhões, cerca de US$ 200 milhões a mais que em 2011.
Investimentos
– Os investimentos também tiveram queda na ordem de 20%. O período de apuração,
neste caso, foi de janeiro a novembro, com o consumo aparente de máquinas
chegando a R$ 1,7 bilhão. O segundo semestre registrou recuperação em relação
ao primeiro, mas ainda insuficiente para alcançar os indices de 2011.
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