terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Colacril, Vitopel e Braskem apresentam solução sustentável para o mercado

Oferecer aos usuários de etiquetas autoadesivas uma alternativa sustentável, aliada a um programa de logística reversa, é o principal objetivo a ser alcançado pela parceria entre Colacril, Vitopel e Braskem, com o Projeto Green Liner. Lançado oficialmente na Label Summit, em maio de 2011, agora ganhou maior respaldo com a conclusão da análise de ciclo de vida do produto.

O Projeto Green Liner, com foco estratégico em sustentabilidade em todas as etapas, foi idealizado de modo que esse conceito fosse levado em conta, desde a produção inicial do liner e do autoadesivo, até o momento do seu retorno para reciclagem. Além disso, ele atende aos fundamentos da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, pois reduz o volume de resíduos e apresenta uma solução para a sua reciclagem, considerando a responsabilidade compartilhada de todos os elos da cadeia.

A destinação adequada de liners sempre foi um desafio para os fabricantes e usuários de autoadesivos. A solução encontrada foi o desenvolvimento de um produto sustentável, em filme de BOPP (polipropileno biorientado), cujas propriedades facilitam a sua reciclagem. Desse modo, o usuário de autoadesivo pode destinar o liner de BOPP para a fabricação de um novo produto plástico, que pode ser um novo rótulo frontal ou, até mesmo, estuda-se um novo liner. Este processo possibilita a quem usa etiqueta ou rótulo autoadesivo o fechamento do ciclo de utilização do produto (berço ao berço).

As análises de ciclo de vida do produto evidenciaram as vantagens ambientais do Green Liner, principalmente no que se refere à redução de emissão de gases de efeito estufa e de resíduos sólidos, em comparação às soluções tradicionais de mercado. As empresas que aderirem ao projeto terão garantidas a rastreabilidade e a quantificação dos benefícios ambientais gerados, permitindo a apuração dos ganhos nas metas de sustentabilidade das empresas parceiras.

As empresas participantes do projeto:
Colacril, maior fabricante de autoadesivos da América Latina, que visualizou no projeto Green Liner uma forma de atender às constantes demandas do mercado por produtos de melhor desempenho, que apresentam competitividade econômica, mas que levem em conta, ainda, os aspectos de sustentabilidade. Seu equipamento de última geração, que também conta com processo de siliconização por cura UV, viabilizou a produção do liner em filme de BOPP e propiciou o desenvolvimento do projeto.

Vitopel, numa demonstração ao mercado de sua orientação em prover inovação aliada à sustentabilidade, em breve poderá transformar o Green Liner em Vitopaper®, um papel sintético feito de diversos tipos de plásticos reciclados, com tecnologia 100% brasileira. O Vitopaper® é um produto diferenciado, durável, resistente (não rasga, não molha) e visualmente agradável. Permite a escrita manual com caneta de diversos tipos ou lápis, além da impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como off-set plana ou rotativa. Outra vantagem é no processo de impressão, que absorve menos tinta, gerando uma economia ao redor de 20% em relação a outros materiais. Além disso, ele próprio é 100% reciclável, podendo se tornar um novo produto.

Braskem, empresa líder das Américas em produção de resinas termoplásticas e maior produtora mundial de biopolímeros, tem como visão estratégica tornar-se a líder global em química sustentável, até 2010, inovando para melhor servir às pessoas. A estratégia tem como um dos principais vetores o desenvolvimento de novos polímeros a partir de matérias-primas renováveis. A Braskem tem as questões de saúde, segurança e meio ambiente como valores empresariais e totalmente integradas à gestão das suas operações.

Produção da indústria do plástico caiu 1,5% em 2011, diz Abiplast

Perspectivas para 2012 apresentam melhora no desempenho do setor

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) divulga, em balanço anual, aqueda de 1,5% da produção física do setor, que encolheu de 6 milhões de toneladas, em 2010, para 5,9 milhões em 2011. “A expectativa é de que esse indicador suba para 2% no acumulado de 2012, porém apenas mantendo o crescimento registrado no ano passado”, analisa José Ricardo Roriz Coelho, presidente da entidade.

Ainda no comparativo 2010 e 2011, o estudo apresentou um suave aumento de 2% nas exportações dostransformados plásticos, enquanto as importações cresceram 20%. “O grande vilão de nossa indústria é o valor dos insumos, em especial das resinas, pelas quais pagamos mais caro do que nossos concorrentes. Além disso, há a excessiva carga tributária, o câmbio desfavorável e os juros muito altos, a despeito da retração para 11% da Selic, que acaba de ser anunciada pelo Copom. Estamos perdendo mercado e teremos mais dificuldades de exportar, não só pela baixacompetitividade endêmica do Brasil, como pela retração econômica mundial”, explica Roriz, referindo-se ao déficit da balança comercial do setor, que triplicou em três (2008/2011) e cresceu 40% em 2011, em relação a 2010, saltando de US$ 1,36 bilhão para US$ 1,89 bilhão.

Roriz avalia que a perda de competitividade da indústria de transformação precisa ser revertida, sob pena de o Brasil parar de crescer. “O governo precisa avaliar diversos pontos, como a carga tributária, por exemplo. A indústria de transformação é o setor que mais contribui para a arrecadação de tributos: 37,4% do total, de2005 a 2009. Há, ainda, o fator agravante da burocracia, que custa R$ 20 bilhões para os brasileiros, num complexo emaranhado de 85 tributos, com normas complicadas e ambíguas. Somente a Receita Federal cria uma nova regra a cada 26 minutos!”, desabafa o presidente da entidade.

O estudo apresentou, ainda, aumento na demanda nacional por produtos transformados, que saltou de 48 bilhões para 52 bilhões em 2011, crescimento de 6,4% em relação a 2010. Porém, os dados do comércio exterior evidenciam que esse aumento está sendo suprido, em grande parte, pela importação.

Na oportunidade, Roriz questionou se o modelo da cadeia de produtos plásticos nacional está adequado para atender ao crescimento do nosso mercado, principalmente, porque os números do balanço apresentados são preocupantes. “Para evitar a retração do setor, todos os envolvidos da cadeia produtiva: o governo, a primeira, a segunda e a terceira geração da cadeia do plástico precisam repensar váriosaspectos da indústria, de modo que seja possível termos uma cadeia de produtos plásticos forte e competitiva”, comenta o executivo.

Apesar da queda da competitividade nacional, a indústria do plástico mantém-se, em 2011, como o terceiro maior setor empregador industrial do Brasil. São 357 mil empregados no ano, contra 347 mil em 2010, representando um crescimento de 3%. No Estado de São Paulo, o setor é o segundo maior empregador industrial e fechou o ano com cerca de 190 mil trabalhadores.