terça-feira, 20 de março de 2012

Déficit na balança comercial de produtos químicos cresce 14,4% no primeiro bimestre

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 3,7 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período de 2011. No primeiro bimestre de 2012, as importações de produtos químicos ficaram acima dos US$ 5,9 bilhões, um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações, de US$ 2,2 bilhões, apresentaram elevação de 1,5% na mesma comparação.

As compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,8 bilhões em fevereiro, um decréscimo de 9,9% em relação a janeiro. As exportações atingiram US$ 1,1 bilhão, registrando queda de 5,3% em igual comparação. Em relação a fevereiro de 2011, as importações cresceram 2,4% e as exportações tiveram baixa de 3,1%.

Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 893,4 milhões no primeiro bimestre deste ano. “Caso as importações dos intermediários para fertilizantes estivessem no mesmo nível do primeiro bimestre de 2011, o déficit do setor químico teria sido ainda maior, podendo já haver ultrapassado 4 bilhões de dólares”, aponta Denise Mazzaro Naranjo, Diretora Técnica de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química.

Já o item resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 367,1 milhões no mesmo período. Na comparação com o primeiro bimestre de 2011, as vendas externas de resinas termoplásticas tiveram um aumento de 5,6% em valor e de 13,8% em volume. No entanto, esse item atingiu um dos maiores déficits por grupos de produtos, superando US$ 262,1 milhões, já que as importações de resinas totalizaram US$ 629,3 milhões, valor consideravelmente maior que o resultado das exportações desses produtos.