sábado, 8 de novembro de 2025

Edição JP Setembro/Outubro 2025

 


Reciclagem de plásticos no Brasil recupera-se em 2024 e índice para embalagens atinge 24,4%

Estudo anual encomendado pelo Movimento Plástico Transforma mostra recuperação nos volumes e no faturamento do setor após um 2023 desafiador;

O índice geral de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo no Brasil foi de 21,0%;

Índice de recuperação de embalagens, que considera todo o resíduo consumido no processo, chegou a 28,7%;

A produção de resina plástica reciclada pós-consumo (PCR) cresceu 7,8% em relação a 2023, totalizando 1.012 milhão de toneladas.

Após um ano de forte retração (2023), a indústria de reciclagem de plásticos no Brasil demonstrou sinais de recuperação em 2024. O índice de reciclagem mecânica para embalagens plásticas pós-consumo alcançou 24,4%, enquanto o índice geral para todos os tipos de plásticos foi de 21%. Os dados são do estudo anual encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa do PICPlast – parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Braskem.

      

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Realizado pela consultoria MaxiQuim, o levantamento monitora os indicadores da reciclagem mecânica no país desde 2018, com o objetivo de acompanhar as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O levantamento reforçou também a importância estratégica do Brasil no cenário regional: segundo dados de 2023, Brasil e México foram responsáveis por 76% de todo o volume de plástico reciclado na América Latina, o que evidencia a consolidação de uma indústria de grande porte e relevância para a circularidade na região.

Em termos absolutos, a produção brasileira de resina pós-consumo (PCR) alcançou 1,012 milhão de toneladas em 2024, número que posiciona o país entre os maiores produtores mundiais. Para comparação, o México reciclou 1,53 milhão de toneladas no mesmo período, enquanto toda a América Latina somou 3,79 milhões de toneladas (dados de 2023). Na Europa, a produção foi de 7,1 milhões de toneladas em 2023, mas com queda de 8% em relação ao ano anterior, sinal de que mesmo os mercados mais maduros no âmbito da reciclagem também sofreram com a queda generalizada dos preços das resinas de primeiro uso a nível global

"Em 2024, a indústria de reciclagem apresentou uma recuperação tímida após o desempenho fraco de 2023. O prolongado ciclo de baixa das commodities petroquímicas seguiu pressionando a competitividade dos reciclados, com os preços das resinas de primeiro uso reduzindo o interesse da indústria de transformação por matéria-prima reciclada e dificultando o repasse de custos. Apesar das dificuldades, houve alguns sinais positivos: setores ligados a compromissos ESG e metas de circularidade, como grandes embaladores e marcas de consumo, mantiveram demanda constante para determinadas aplicações, em linha com seus objetivos", explica Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim.

 Recuperação da indústria e desempenho econômico

O ano de 2024 foi marcado por uma recuperação nos volumes de plásticos reciclados, o que impactou diretamente o faturamento da indústria, que atingiu R$ 4 bilhões, um aumento nominal de 5,8% em relação a 2023. O setor também gerou mais empregos, alcançando a marca de 20.043 postos de trabalho diretos, um crescimento de 7,7%.

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Apesar dos desafios, a capacidade instalada das indústrias recicladoras cresceu 1,9%, chegando a 2,43 milhões de toneladas, reflexo ainda de investimentos realizados em anos anteriores.

Geração e consumo de resíduos plásticos

Em 2024, foram geradas 4,82 milhões de toneladas de resíduos plásticos pós-consumo no Brasil. Desse total, a indústria recicladora consumiu 1,55 milhão de toneladas de resíduos plásticos (incluindo pós-consumo e pós-industrial) para reprocessamento, um aumento de 7,2% em relação a 2023.

 

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Considerando apenas o resíduo pós-consumo (doméstico e não doméstico), o volume consumido pelas recicladoras foi de 1,2 milhão de toneladas. A maior parte desse material (87%) teve origem em embalagens, que somaram 1,037 milhão de toneladas consumidas.

Origem dos resíduos

A origem da matéria-prima para a reciclagem manteve uma distribuição semelhante à de anos anteriores, com os comerciantes de resíduos se destacando como a principal fonte, responsáveis por 33% (518 mil toneladas) do volume adquirido pelas recicladoras. Na sequência, aparecem as aparas industriais (23%), os beneficiadores (recicladores menores, com 19%), as empresas de gestão de resíduos (11%) e as cooperativas (10%). “Observamos que os catadores informais e as cooperativas perderam participação para os sucateiros, um reflexo da baixa remuneração que tem enfraquecido a força de trabalho das cooperativas”, complementa o consultor.

 Destaques da produção de PCR

Desde o início da mensuração do índice em 2018, a produção de resina reciclada pós-consumo (PCR) acumulou um crescimento de 33,6%. Em 2024, foram produzidas 1,012 milhão de toneladas de resinas recicladas pós-consumo. Desse total, 39% foram de PET, seguido por PEAD com 20%, PP com 18% e PEBD/PEBDL com 15%.

A resina PCR produzida em 2024 foi destinada a diversos segmentos, com os setores de Alimentos e Bebidas (167 mil toneladas) e Higiene Pessoal, Cosméticos e Limpeza Doméstica (132 mil toneladas) se consolidando como os principais consumidores, impulsionados pela demanda por embalagens com conteúdo reciclado.

O setor de Construção Civil e Infraestrutura, que em 2023 havia aumentado sua participação devido à busca por materiais com menor custo, consumiu 130 mil toneladas em 2024, mantendo-se relevante, porém, com uma queda proporcional em sua representação.

O grande destaque do ano foi a Agroindústria, que demandou 92 mil toneladas e apresentou um crescimento de mais de 35% em relação a 2023, impulsionado por aplicações como lonas, mangueiras e embalagens de agroquímicos. O setor de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, também aumentou significativamente seu consumo, demandando um total de 54 mil toneladas de resina PCR.

“Se compararmos com 2018, quando o estudo começou, percebemos uma inversão de protagonismo: naquele ano, construção civil era o principal destino da resina reciclada, enquanto o segmento de alimentos e bebidas tinha uma participação menor. Essa mudança reflete o avanço regulatório e os compromissos de grandes marcas de consumo com a economia circular e o uso de materiais mais sustentáveis”, complementa Maurício.

Geografia da reciclagem de plásticos

A geografia da reciclagem de plásticos no Brasil em 2024 evidencia uma forte concentração nas regiões Sudeste e Sul, que lideram todas as etapas da cadeia, desde a geração do resíduo até a produção da resina reciclada pós-consumo (PCR). A região Sudeste se destaca como a maior geradora de resíduos plásticos, com 48,1% do total (2,3 milhões de toneladas), e, também, como o principal polo de processamento, respondendo por 47% do consumo de resíduos pela indústria e 55,5% da produção nacional de PCR (559 mil toneladas). A região Sul aparece na sequência, sendo responsável por 26% do consumo de resíduos e 26,2% da produção de PCR (266 mil toneladas).


Essa concentração industrial gera um fluxo significativo de matéria-prima entre os estados. Em 2024, aproximadamente 41,1% do resíduo consumido pelas empresas recicladoras veio de um estado diferente daquele onde a empresa está localizada. Esse movimento, superior ao de 2023, indica que as empresas buscaram matéria-prima em mercados mais distantes para obter preços mais competitivos, mesmo com o custo do frete. Enquanto isso, o Nordeste se consolida como a terceira força produtora de PCR, com 13,7% do total (139 mil toneladas) e um crescimento expressivo de 16,6% em relação a 2023, reflexo da expansão de sua capacidade produtiva.

Sobre o Movimento Plástico Transforma

Criado em 2016, o Movimento Plástico Transforma tem como objetivo promover conteúdo e ações educativas que demonstram que o plástico, aliado à tecnologia, à criatividade e à responsabilidade, traz inúmeras possibilidades para os mais diferentes segmentos. Além do site, em que é possível encontrar conceitos importantes sobre aplicações, reutilização, descarte correto e reciclagem do plástico, o Movimento é responsável por diversas ações voltadas à sociedade que juntas já impactaram milhares pessoas. A iniciativa é uma ação do PICPlast - Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico fruto da parceria entre a ABIPLAST e a Braskem.

Maiores informações: redes sociais - Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube



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Termotécnica conquista Prêmio ABRE 2025 com solução inovadora em EPS para VMG Aires

O gerente administrativo da VMG Aires, William Salvador e o diretor superintendente da Termotécnica, Nivaldo Fernandes de Oliveira no Prêmio ABRE 2025

A Termotécnica acaba de conquistar mais um Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira, levando o Troféu Prata na categoria Exportação com o projeto "Rack EPS Modular para Ar-Condicionado Automotivo", desenvolvido para a VMG Aires. A Termotécnica também foi finalista na categoria Soluções para Varejo/E-commerce com a embalagem em EPS para Batedeira Planetária Oster, desenvolvida para a Newell Brands.

A premiação destaca iniciativas que agregam valor ao produto exportado, com foco em inovação, eficiência logística e sustentabilidade. Reconhecida pela inovação e desempenho de suas soluções para diferentes setores, a Termotécnica já foi premiada em quatro edições anteriores e mantém-se como referência no cenário nacional.

Rack para transporte de ar-condicionado automotivo levou o Troféu Prata na categoria Exportação

Na edição 2025, a solução premiada foi desenvolvida em parceria com a VMG Aires para substituir racks metálicos e caixotes de madeira utilizados anteriormente na operação da empresa, que geravam custos com fretes de retorno, maior peso no transporte e risco de avarias. O novo rack modular em EPS oferece proteção individualizada aos produtos, permite empilhamento seguro e amplia a capacidade de carga, tanto no mercado nacional quanto no internacional.

Inovação e ganhos logísticos

O destaque do projeto está no ganho de cubagem: antes, para exportar 20 unidades de ar-condicionado automotivo, o cliente precisava de um contêiner de 40 pés mais um de 20 pés. Com a nova solução em EPS, é possível alocar as 20 unidades em apenas um contêiner de 40 pés, garantindo um ganho superior a 40% no volume da carga exportada.

No mercado interno, também houve avanços. Enquanto os racks metálicos acomodavam 35 produtos em um caminhão sider, a nova embalagem em EPS comporta 40 unidades, resultando em 14% de ganho de cubagem. Além disso, a eliminação dos racks metálicos retornáveis reduziu custos de frete de retorno e o consumo de combustível, aumentando a eficiência e a sustentabilidade da operação.

Valor agregado e sustentabilidade

Além dos benefícios econômicos, a embalagem reforça o compromisso da Termotécnica e de seu cliente com a sustentabilidade. A substituição de madeira e metal por EPS reciclável reduz o consumo de recursos naturais e diminui a emissão de gases de efeito estufa associados ao transporte.

"Este prêmio reforça nosso papel como parceiros estratégicos da indústria, desenvolvendo soluções que unem eficiência logística, inovação em design e responsabilidade socioambiental", destaca o diretor superintendente da Termotécnica, Nivaldo Fernandes de Oliveira.

Para o gerente administrativo da VMG Aires, William Salvador, essa parceria representa mais do que uma mudança de modelo de embalagem. "Ela é um marco no fortalecimento do compromisso da empresa com a inovação e a sustentabilidade. A escolha da Termotécnica como parceira foi decisiva para viabilizar a transição dos racks metálicos e caixas de madeira para uma solução mais leve, eficiente e reciclável, que diferencia a nossa marca no segmento de climatização automotiva", afirma.

Termotécnica tem histórico de muitas conquistas no Prêmio ABRE

A Termotécnica é presença constante entre os finalistas e vencedores da maior premiação de embalagens do Brasil. Já conquistou cinco troféus em quatro edições, sendo os mais recentes com a embalagem modular de EPS para bebidas GoPack, que recebeu Ouro na categoria "Design Estrutural: Forma" e Prata na categoria "Estratégico: Soluções para Varejo e E-commerce".

Após vencer o Prêmio ABRE 2018 com a conservadora DaColheita para Cumbucas de Frutas, a Termotécnica qualificou-se a concorrer ao Prêmio WorldStar 2019 realizado pela World Packaging Organisation, o maior reconhecimento mundial no setor de embalagens. Entre 319 embalagens inscritas, de 35 países, a embalagem da Termotécnica venceu nas categorias Food e Save Food. A solução destacou-se por proporcionar aumento de shelf-life e garantir a redução do desperdício de alimentos em toda a cadeia logística, do produtor ao consumidor final, inclusive na exportação das frutas brasileiras para mercados como Canadá, Europa e Ásia.

Com mais de 100 marcas e patentes registradas ao longo de mais de 60 anos, a empresa é protagonista no desenvolvimento de soluções inovadoras para embalagens e componentes técnicos nos segmentos de alimentos, bebidas, agronegócio, fármaco, automotivo, logística e conservação.

Sobre a VMG Aires

A VMG Aires é uma empresa 100% brasileira, situada em Joinville (SC). A empresa fabrica sistemas de climatização para ônibus urbano, rodoviário, rodoviário piso duplo e micro-ônibus e para carros fortes, ambulâncias, carros militares, vans, entre outros veículos especiais.

Em busca da eficiência e do desenvolvimento sustentável, a VMG Aires projeta e desenvolve produtos inteligentes e fáceis de operar, usando tecnologia que respeita o meio ambiente e oferece conforto aos passageiros. A aplicação de tecnologia e a qualidade dos produtos são reconhecidas no Brasil e em toda América Latina.

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Fenasan 2025 - Instituto Brasileiro do PVC evidencia a importância do PVC no saneamento básico

Por sua versatilidade e eficiência, o PVC possui forte vocação social e contribui para o atendimento de carências imediatas da sociedade como o saneamento básico.

O PVC é encontrado em praticamente todos os segmentos da economia, desde o setor automotivo até o segmento de brinquedos, moda, arquitetura e construção, área médica e, não menos importante, na infraestrutura na qual o PVC tem um papel essencial sendo um dos materiais mais utilizados quando se pensa em saneamento básico.

Como representante legítimo dos assuntos referentes a essa cadeia de valor, o Instituto Brasileiro do PVC (IBPVC), esteve presente na feira apoiando suas associadas Imerys, Tigre e Unipar, que estiveram expondo na Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente – Fenasan 2025 e do 36º Encontro Técnico AESabesp. O evento foi realizado entre os dias 21 e 23 outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Juntos, os eventos formaram o maior encontro de saneamento ambiental das Américas.

A Política Nacional de Saneamento Básico foi aprovada em 2007 e o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026) foi estabelecido em 2020, com o intuito de viabilizar a universalização dos serviços de saneamento básico até 31 de dezembro de 2033, com possibilidade de ampliar até 2040, assegurando o atendimento a 99% da população com água potável e 90% da população com coleta e tratamento de esgoto. Cinco anos após o Marco Legal entrar em vigor, o país não apresentou uma evolução significativa nos indicadores de saneamento básico. No Brasil, ainda há aproximadamente 34 milhões de pessoas que não acessam sistemas formais de água, e mais de 90 milhões sem coleta e tratamento de esgotos.

Os desafios seguem imensos, e a cadeia de valor do PVC está cada vez mais preparada para atender a essa demanda. Por sua versatilidade e eficiência, o PVC possui forte vocação social e contribui para o atendimento de carências imediatas da sociedade como moradia, saneamento básico e saúde. Trata-se de um dos termoplásticos mais consumidos do mundo, e o material está presente em cerca de 90% das tubulações de água e esgoto nas instalações prediais. Na infraestrutura, está em cerca de 60% das tubulações de água e esgoto, sendo o material consagrado em todas essas aplicações citadas.

O PVC pode ser usado em, praticamente, todo o ciclo do saneamento, desde a adução de água potável à coleta e disposição de dejetos. Nas redes de adução de água e esgotamento sanitário as vantagens são significativas. O PVC não sofre corrosão e é estanque, impedindo perdas de água e vazamentos de esgoto ao longo do caminho de distribuição. Assim, gastos financeiros e impactos ambientais, como contaminação do solo e perda de água potável são evitados. Tubulações de PVC também estão dentre as que apresentam menores índices de falhas por quilômetro de rede instalada.

Outros benefícios do PVC ao saneamento básico são leveza, facilidade de manuseio e de instalação, conferindo agilidade ao projeto; reduz a necessidade de manutenção frequente porque evita o acúmulo de resíduos que possam interferir no transporte de água ou coleta de esgoto, além de ser 100% reciclável.

A utilização de tubulações de PVC vem sendo avaliada em todo mundo e um desses avaliadores é a Universidade do Estado de Utah, nos EUA, que desde 2012 realiza análise detalhada das taxas de rompimento de tubulações de água nos EUA e no Canadá, destacando tendências significativas e fatores que influenciam essas taxas.

O relatório identifica variáveis-chave como material do tubo, idade e condições ambientais que contribuem para a frequência dos rompimentos. A mais recente versão desse estudo salienta as vantagens do PVC nessa aplicação em comparação a sucedâneos, observando também variações regionais e climáticas, que podem interferir no desempenho dos produtos. “É importante ressaltar que há anos o PVC é a solução consagrada na grande maioria dos projetos de infraestrutura e suas características inerentes de durabilidade garantirão que essas redes desempenhem por muitos anos as funções para as quais foram projetadas e instaladas, quer seja em adução ou distribuição de água ou coleta de esgoto, quer seja em instalações prediais”, salienta Claudia T. Tsukamoto, diretora executiva do Instituto Brasileiro do PVC.

Para saber mais sobre a Fenasan 2025, acesse: https://fenasan.com.br/

Sobre o Instituto Brasileiro do PVC

O Instituto Brasileiro do PVC é uma associação de classe que existe para representar, defender e difundir os interesses da cadeia produtiva do PVC para o mercado, poder público, academia, entidades nacionais e internacionais, além da sociedade de forma geral, mantendo a individualidade de cada associado e apoiando a integração e o desenvolvimento dessa indústria, fundamentado na postura ética e no respeito ao bem-estar social e ao meio ambiente. Tem como visão consolidar-se como referência legítima e proativa sobre os assuntos relacionados ao PVC, com foco em sua versatilidade, sustentabilidade, eficiência, inovação e qualidade das diversas aplicações.

Para mais informações: www.pvc.org.br

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Polivedo, marca de produtos para a construção civil do Grupo Flexível, participa da Expo MotorHome

Objetivo é ampliar atuação no mercado de motorhomes, campers e trailers

A Polivedo, marca de produtos voltados para o setor da construção civil, do Grupo Flexível, um dos maiores fabricantes nacionais de tecnologias em poliuretano (PU), participará da 9ª Expo MotorHome, principal feira do campismo e caravanismo da América do Sul, que acontecerá de 12 a 16 de novembro, no Expotrade Convention Center, em Pinhais (PR).  

Esta é a primeira vez que a Polivedo e o Grupo Flexível participarão da Expo MotorHome e de um evento do setor de campismo e caravanismo. O objetivo da empresa é ampliar sua participação no próspero mercado de fabricantes de motorhomes, campers (módulos que vão acoplados à caçamba de picapes) e trailers.  

Segundo estudo técnico da organização da Expo Motorhome, estima-se que o mercado de campismo e caravanismo no Brasil movimentou mais de R$ 1,5 bilhão em 2023, com aumento de 30% em relação ao ano anterior. Ainda de acordo com a organização do evento as empresas nacionais fabricam, mensalmente, entre 450 e 500 equipamentos, como motorhomes, trailers, minitrailers e campers.

"Este mercado está em crescimento no Brasil, tanto que no ano passado um dos maiores fabricantes de ônibus do país e do mundo lançou no evento seus primeiros modelos de motorhomes", conta Sibele Almeida, Coordenadora de Marketing do Grupo Flexível.  

O portfólio da Polivedo para o setor é formado pelo recém-lançado PU Carroceria, usado para fazer o acabamento de partes internas na junção de móveis e pisos e para fazer a vedação das partes externas; a Cola Rodapé, que aceita pintura e é resistente aos raios UV; o Silicone Neutro, usado para vedar pias; a Espuma Expansiva que é usada para preencher espaços e criar isolamento térmico e acústico; e o Adesivo Piso Vinílico, usado para colar o piso da cabine. Todos os produtos foram desenvolvidos e são fabricados no laboratório e na planta industrial do Grupo Flexível, em Jaraguá do Sul (SC).

"Apesar da Polivedo ter sido criada para atender ao setor de construção civil, os produtos da marca foram bem aceitos e já são usados por fabricantes de motorhomes e fabricantes de componentes e peças para o setor", completa a Coordenadora de Marketing do Grupo Flexível.  

Outro sinal do crescimento deste setor pode ser medido pela expansão da Expo MotorHome, que no ano passado gerou R$ 500 milhões em negócios, recebeu cerca de 25 mil visitantes e 153 expositores, crescimento de 25% em comparação com a edição do ano anterior que gerou R$ 400 milhões em negócios, recebeu cerca de 20 mil visitantes e 122 expositores. "Muitas das empresas participantes são de fabricantes de motorhomes, campers e trailers, que são potenciais clientes da Polivedo. Além disso os produtos da marca podem ser usados na manutenção destes habitáculos", completa a Coordenadora de Marketing do Grupo Flexível.

 Maiores informações: https://www.expomotorhome.com/  

Sobre o Grupo Flexível  

Fundado em 1999, o Grupo Flexível é um dos maiores fabricantes nacionais desenvolvedores de tecnologias em poliuretano. Com sede na cidade de Jaraguá do Sul (SC) e filial na cidade de Extrema (MG), a empresa fornece soluções para diversos segmentos no Brasil e exporta para outros países da América do Sul. A inovação faz parte do DNA do Grupo Flexível, que tem um dos mais completos laboratórios do país no segmento, e desenvolve soluções exclusivas e sob medida para seus clientes. A empresa é proprietária da marca Polivedo, que fabrica produtos para as linhas de impermeabilizantes, selantes e pisos vinílicos, atendendo o setor da construção civil.  

Para saber mais: https://grupoflexivel.com.br/ e https://polivedo.com.br/.  

 


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Ganhadoras do Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2025

Dez empresas fluminenses foram as vencedoras do Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2025. O anúncio das ações de destaque no estado do Rio de Janeiro em prol do desenvolvimento sustentável foi anunciado no Rio Construção Summit 2025, no Píer Mauá, no dia 26/9. Além dos ganhadores das sete categorias, três projetos levaram menções honrosas.

As empresas Merck, Vast Infraestrutura, Porto Sudeste, Reserva, SBM Offshore, Gás Verde e Casa da Moeda do Brasil, idealizadoras dos projetos contemplados, conciliaram atividades produtivas com proteção ambiental, equilíbrio econômico, boa governança e bem-estar social. Os 10 ganhadores receberam troféus produzidos pelo FabLab da Firjan SENAI Itaguaí, além de vouchers de serviços de tecnologia, inovação e responsabilidade social da Firjan SENAI SESI.

Carlos Alberto Tavares Ferreira, fundador e CEO da Carbon Zero, referência na América Latina em sustentabilidade, descarbonização e programas socioambientais, fez a palestra magna da cerimônia de entrega dos prêmios. O evento contou com a participação de Claudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio); de Marcelo Kaiuca, vice-presidente da Firjan e presidente do Fórum Setorial da Construção Civil; e de Elissandra Cândido, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário do Sul Fluminense (Sinduscon Sul).

A Merck ganhou na categoria Água e Efluentes com o projeto Estação Produtora e Água de Reúso, que, de 2020 a dezembro de 2024, reutilizou nas torres de refrigeração um total de quase 90 milhões de litros de água, resultando em uma redução de aproximadamente 40% no consumo de água total da planta.

Na categoria Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, a Vast Infraestrutura foi a vencedora com o projeto Aves do Açu, desenvolvido em São João da Barra, no Norte Fluminense. O objetivo foi desenvolver soluções para viabilizar a coexistência entre a reprodução bem-sucedida de duas espécies de aves marinhas, o trinta-réis-de-bico-vermelho e o trinta-réis-de-bando, com as atividades operacionais no T-Oil, que representam uma ameaça para a reprodução dessas aves ameaçadas de extinção.

O projeto Mulheres Extraordinárias, lançado em 2024, que promove o empoderamento feminino e facilita a inserção de mulheres no mercado de trabalho, deu o prêmio ao Porto Sudeste, na categoria Estratégias para Engajamento e Promoção da Agenda 2030 dos ODS.

A marca carioca Reserva foi premiada pela iniciativa 1P=5P (1 peça = 5 pratos), criada em 2016 que já beneficiou mais de um milhão de pessoas com 150 milhões de refeições complementadas. A cada peça vendida na Reserva, Reserva Mini e Reserva Go, cinco pratos de comida são complementados para pessoas em insegurança alimentar no Brasil. Entre os objetivos do projeto, que concorreu na categoria Gestão de Impacto e Investimento Social, está o de combater o desperdício de alimentos no país.

O Programa de Embaixadores de Compliance, lançado em 2021, pela SBM Offshore, venceu na categoria Governança Corporativa. Com o fim de prevenir, detectar e responder aos riscos de compliance, uma série de ações, controles e iniciativas foram implementados e vêm sendo fortalecidos desde então.

O Biometano - Energia que vem do lixo e descarboniza a indústria, da Gás Verde, ganhou na categoria Mudanças Climáticas e Transição Energética. O biometano da empresa é produzido a partir do biogás gerado pela decomposição de resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários. Ao capturar o biogás e transformá-lo em um combustível 100% renovável, a empresa endereça dois desafios ambientais críticos: o tratamento sustentável de resíduos urbanos e a substituição de combustíveis fósseis por uma alternativa limpa, que possui as mesmas aplicações do gás natural.

Na categoria Resíduos Sólidos, a Casa da Moeda do Brasil venceu com o Projeto $emear. Desenvolvido em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), o $emear é um sistema regenerativo que transforma os resíduos orgânicos gerados no restaurante da Casa da Moeda em adubo e doa esse composto a pequenos produtores locais. Em 2024, o projeto transformou resíduos orgânicos da alimentação em 13 mil kg de adubo utilizados na produção de alimentos in natura, frescos e sem agrotóxicos

 Menções honrosas

Os Laboratórios B. Braun receberam menção honrosa pelo projeto Reaproveitamento de Água na B. Braun: estratégia sustentável para redução do desperdício, que utiliza água purificada por meio de uma Osmose Reversa a altas temperaturas, denominada WFI (Water for injection), para lavagem das superfícies internas do tanque.

A Petrobras ganhou a homenagem pela Jornada de Construção e Integração da Estratégia em Biodiversidade da empresa, que promove uma transformação interna nos níveis corporativo, de área de negócio e de unidade operacional.

Já o projeto Biometano: uma iniciativa de transição energética e descarbonização deu a distinção à Iconic. A substituição do gás natural por biometano na fábrica de Duque de Caxias levou ao alcance das metas de redução de GEE de 2030 da empresa, com a implementação em apenas uma fábrica.


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Novo Tinuvin® NOR® 600 protege plásticos contra a luz UV em aplicações externas exigentes

  • Potencializador de desempenho em combinação com estabilizadores de luz da BASF
  • Projetado exclusivamente para processos de masterbatch e conversão
  • Adaptado para aplicações em PVC e poliolefinas


O novo Tinuvin ® NOR ® 600 aumenta a durabilidade dos plásticos protegendo contra a luz solar e o calor, tornando-o ideal para aplicações como membranas para coberturas e grama sintética.

Com o Tinuvin® NOR® 600, a BASF apresenta uma nova geração de estabilizador de luz NOR-HALS na K2025. Essa solução inovadora expande a plataforma NOR-HALS já estabelecida da BASF e demonstra desempenho avançado quando é necessária resistência a ácidos ou durabilidade prolongada contra intempéries.

O Tinuvin® NOR® 600 foi desenvolvido como um sinergista de alto desempenho, oferecendo proteção excepcional quando utilizado em combinação com outros estabilizadores de luz da BASF. Sua química avançada melhora a durabilidade do PVC, incluindo suas ligas, e dos plásticos à base de poliolefinas contra a luz solar e o calor, tornando-o ideal para aplicações como membranas para telhados e gramados artificiais.

Devido à sua forma fluida e com baixa geração de poeira, permite um manuseio seguro e fácil para transformadores e produtores de masterbatch, possibilitando a formulação de soluções diferenciadas e duradouras para ambientes exigentes.

"À medida que o mercado de plásticos para aplicações externas evolui, os clientes exigem soluções que vão além do desempenho padrão. Com o Tinuvin® NOR® 600, estamos expandindo nosso portfólio NOR-HALS e estabelecendo um novo padrão em estabilização à luz. Este produto permite que nossos parceiros criem soluções inovadoras em durabilidade e se destaquem frente à concorrência", afirma Joerg Bentlage, Chefe de Gerenciamento Global de Produtos, Aditivos Plásticos, BASF.

O Tinuvin® NOR® 600 é um NOR HALS, uma classe especial de estabilizador de luz usada em plásticos para protegê-los da radiação UV nociva e da consequente degradação. Ele faz parte da plataforma de sustentabilidade VALERAS® da BASF, que apoia a eficiência no uso de recursos, a redução de resíduos e a circularidade dos plásticos.

Como líder global em aditivos plásticos, a BASF está comprometida em ajudar seus clientes a alcançar o sucesso sustentável por meio da VALERAS®, oferecendo soluções inovadoras e orientadas por tecnologia.

Com o Tinuvin® NOR® 600, a BASF apresenta uma nova geração de estabilizador de luz NOR-HALS na K2025. Essa solução inovadora expande a plataforma NOR-HALS já estabelecida da BASF e demonstra desempenho avançado quando é necessária resistência a ácidos ou durabilidade prolongada contra intempéries.

O Tinuvin® NOR® 600 foi desenvolvido como um sinergista de alto desempenho, oferecendo proteção excepcional quando utilizado em combinação com outros estabilizadores de luz da BASF. Sua química avançada melhora a durabilidade do PVC, incluindo suas ligas, e dos plásticos à base de poliolefinas contra a luz solar e o calor, tornando-o ideal para aplicações como membranas para telhados e gramados artificiais.

Devido à sua forma fluida e com baixa geração de poeira, permite um manuseio seguro e fácil para transformadores e produtores de masterbatch, possibilitando a formulação de soluções diferenciadas e duradouras para ambientes exigentes.

"À medida que o mercado de plásticos para aplicações externas evolui, os clientes exigem soluções que vão além do desempenho padrão. Com o Tinuvin® NOR® 600, estamos expandindo nosso portfólio NOR-HALS e estabelecendo um novo padrão em estabilização à luz. Este produto permite que nossos parceiros criem soluções inovadoras em durabilidade e se destaquem frente à concorrência", afirma Joerg Bentlage, Chefe de Gerenciamento Global de Produtos, Aditivos Plásticos, BASF.

O Tinuvin® NOR® 600 é um NOR HALS, uma classe especial de estabilizador de luz usada em plásticos para protegê-los da radiação UV nociva e da consequente degradação. Ele faz parte da plataforma de sustentabilidade VALERAS® da BASF, que apoia a eficiência no uso de recursos, a redução de resíduos e a circularidade dos plásticos.

Como líder global em aditivos plásticos, a BASF está comprometida em ajudar seus clientes a alcançar o sucesso sustentável por meio da VALERAS®, oferecendo soluções inovadoras e orientadas por tecnologia.

Edição JP Setembro/Outubro 2025



O futuro da reciclagem: como a inovação tecnológica está revolucionando a cadeia do plástico

por Rui Katsuno*


A reciclagem do plástico, há muito tempo vista como um desafio ambiental e logístico, está passando por uma revolução silenciosa e, ao mesmo tempo, poderosa. A combinação entre tecnologia, educação e propósito tem redesenhado toda a cadeia, transformando resíduos em oportunidades reais de impacto econômico e social. Tenho acompanhado de perto essa evolução, no Brasil e no mundo, e é inspirador observar como a inovação tem se tornado aliada da sustentabilidade. Hoje, aquilo que antes era descartado como problema ambiental começa a ser reconhecido como matéria-prima de valor, e isso muda completamente a lógica da reciclagem: deixa de ser apenas uma ação de descarte responsável e passa a ser um motor de desenvolvimento e inclusão.

Entre as tecnologias que mais me impressionam estão os moinhos e trituradores inteligentes, que aumentam a eficiência da moagem e garantem maior uniformidade na produção; as injetoras e moldadoras automatizadas, que transformam resíduos em novos produtos com precisão; e os softwares de gestão de resíduos, capazes de monitorar coleta, logística e destinação em tempo real. Tudo isso reduz perdas e otimiza recursos - e, quando aliado à inteligência artificial na triagem de materiais, eleva a produtividade a um patamar antes impensável.

A IA, por exemplo, já é usada para identificar tipos de plástico, cores e níveis de pureza, tornando o processo mais ágil e lucrativo. Essa automação tem permitido que cooperativas e indústrias aumentem a rentabilidade e, ao mesmo tempo, reduzam o impacto ambiental. É a tecnologia se tornando ferramenta de inclusão, quando aplicada de forma inteligente e acessível.

No Instituto Soul do Plástico, que idealizei justamente com esse propósito, buscamos integrar essas inovações ao lado humano do processo. A Escola Recicladora é um exemplo disso: um espaço onde os alunos vivenciam o ciclo completo da reciclagem - da coleta de tampinhas plásticas à moagem e moldagem de novos produtos. Ali, o aprendizado vai muito além da técnica. Ensinamos sobre empreendedorismo, criatividade e consciência ambiental, formando jovens que enxergam oportunidades onde antes só existia descarte.

Acredito que o verdadeiro futuro da reciclagem não está apenas na tecnologia, mas em como a usamos para transformar pessoas. Quando educamos e capacitamos comunidades, criamos um ciclo virtuoso entre sustentabilidade, inovação e impacto social. É o que chamo de economia circular humanizada, modelo em que o resíduo ganha valor, o conhecimento gera renda e a inclusão social se torna parte do processo produtivo.

Mais do que ensinar sobre reciclagem, buscamos mostrar que é possível empreender com propósito, encontrando novas formas de gerar valor a partir dos resíduos. O plástico, quando tratado de forma responsável, deixa de ser vilão e passa a ser protagonista de uma nova economia, mais eficiente e consciente.

Com iniciativas assim, o Brasil se aproxima das tendências globais e se posiciona entre os países que enxergam a reciclagem como instrumento de transformação econômica, social e ambiental. Conectando tecnologia, educação e sustentabilidade, podemos - e devemos - construir um futuro em que o conhecimento transforma resíduos em oportunidades e propósito em impacto real.

*Rui Katsuno é empresário e comunicador do setor de plásticos, presidente do Instituto Soul do Plástico e da MTF Termoformadoras, com mais de 36 anos de experiência.